terça-feira, 18 de março de 2008

Omissão - Traição

Muitas vezes se me tem aflorado aos pensamentos a velha questão da omissão. Para a tradição judaico-cristã da qual temos hoje como representantes os milhares de católicos existentes, omitir é um pecado tão grave como mentir, sendo que a mentira é por si só um pecado capital. Creio mesmo que a mentira e omissão são o que se designa como pecados mortais. Quem diz que sabe e não sabe, que conhece e desconhece, que fez e não fez…ou simplesmente quem tudo omitiu terá a mesma sentença : o inferno. O inferno ou a redenção dos seus pecados através de umas quantas ave marias complementadas com o mesmo número de padres nossos. Claro que tudo isto poderá ser substituído por uma maquia em “cash” para o pároco local. Enfim, cada um escolherá o melhor modo de evitar um local que diz a tradição, ferve de pecado.

Todavia, ficarei sempre na dúvida se omitir é mentir. Já o mesmo não acontece se tais processos se identificam com Traição. Quer se omita, quer se minta, ambas as atitudes são formas de traição da confiança depositada por terceiros. E é pena. Sim. É lamentável que de almas tão puras, de linhas de vida tão inquestionáveis possa surgir a traição.

Uma vez disseram-me que quem trai (ou mente, ou omite) uma vez, fá-lo-á as vezes que forem necessárias e nos mais diversos campos da vida. A ser verdade e tudo indica que sim, a confiança reduz-se à nossa própria insignificância.

José Carlos Lucas

1 comentário:

Unknown disse...
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